sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Canberra.

O povo é mais elegante na capital da Austrália do que nas outras cidades por onde andei. Porém ainda se vê um ou outro mal-amanhado que nem esses dois aí da foto.
Aqui o calor chegou de vês e com força. Canberra fica na beira do “Outback, o grande deserto australiano.
Aqui pude desfrutar da hospitalidade de Zezito e Rosângela e descansar um pouco da vida de mochileiro. Com direito até a um jantar de natal.
Na sexta-feira amanheceu chovendo, e refrescou. Um dia preguiçoso pra fazer nada e descansar. A previsão é de continuar assim por três dias.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Melbourne

3.000.000 de habitantes, dezenas de diferentes idiomas são falados aqui e restaurantes representando mais de cem cozinhas nacionais, Melbourne está mais para multicultural do que para cosmopolita.
Do Crown, um luxuoso complexo de diversão, entenda-se cassino, à rua Brunswick, um gueto de artistas, encontramos uma variedade de estilos.
A cidade tem seu charme. A começar pelos bondes; a maior rede de bondes do mundo, e o serviço é bom.
A falta de água é um problema na Austrália que tem clima árido como no sertão. Não é fácil manter gramados verdinhos. Há alguns anos com pouca chuva, e a água do rio Yara, com alta salinidade, imprópria para irrigação, as plantas no jardim botânico de Melbourne recebem o mínimo de água que necessitam para apenas sobreviverem.
No museu de Melbourne uma das galerias replica uma floresta. Além de podermos caminhar pela floresta também há um túnel e uma vala onde podemos observar através de janelas o subsolo e o fundo do pequeno riacho da floresta.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sydney.

A idéia era chegar no albergue, e deitar com o pé para cima por umas trinta e cinco horas e meia. Mas antes precisava almoçar, trocar dinheiro, etc. O resultado é que passei a tarde fazendo o reconhecimento da área, mancando pra lá e pra cá fui de Darling Harbour a Hyde Park, de Campbell a King St.
Sydney não está bonita; tem um monte de tapumes, as ruas não estão limpas.
Almocei um suculento (quase cru) bife e à noite ainda fui num boteco nas proximidades tomar uns chopps com fish'n'chips.
A fisioterapia fez resultado e acordei no outro dia com o tornozelo bem melhor. Tirei o dia para experimentar a rede de transportes publicos de Sydney. Passeei de trem metrô, ferry e ônibus.
Sydney é muito agitada, e contrasta com a relativa tranqüilidade de Auckland.
Almocei em Kings Cross; só vindo aqui para ver o que é isso.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

De volta a Auckland.

Foi muito agradável estar do outro lado do mundo e re-encontrar amigos. No domingo estava jantando quando Mai, uma ex colega da escola, fêz uma festa ao me ver no restaurante
Na segunda-feira fui à escola encontrar Pedro, colega do homestay, para almoçarmos juntos, e novamente fui saudado por ex-colegas.

Torci o tornozelo na minha última noite em Auckland. Para um andarilho não poderia haver nada pior.
Sempre que parto das cidades que visito aqui me sinto triste. Não foi diferente quando peguei o ônibus para ir ao aeroporto em Auckland e olhei aquelas ruas pela última vez (pelo menos até minha próxima vinda).
O tornozelo está incomodando e estou caminhando com dificuldade. Quando eu estava fazendo a saída da Nova Zelândia o rapaz da imigração perguntou o que havia com minha perna, se eu estava bem, etc.

O avião para Sydney não estava cheio e dei um jeito de viajar com o pé para cima, para não piorar o inchaço. No desembarque uma funcionária da Qantas me ofereceu para ir de “bugy” até a imigração, mas eu de trouxa disse que não era necessário. Caminhei “sete léguas” mancando, tive que tirar os sapatos no meio do caminho.

Hamilton.

A semana foi toda de chuva. Em Hamilton comprei uma capa para não ficar preso no albergue. A cidade é também muito bem cuidada, os bares e restaurantes com decoração esmerada, pratos bem preparados e serviço nota dez. O rio Waikato percorre a ilha norte desde Taupo até Auckland, é o maior do pais, e passa por Hamilton, tão bonito como na nascente.
Apesar do dia nublado fui conhecer os Jardins de Hamilton. A chuva deu uma trégua.
Lá tem entre outras coisas tem uma coleção de jardins, replicando vários estilos; japonês, chinês, inglês, italiano, indiano, americano e, é claro, maori. A principio parece um labirinto, mas depois percebemos que é como se estivéssemos passeando por quintais, atravessando de um para outro. Só que saímos de um quintal japonês e entramos num quintal vizinho, inglês. Depois, no mesmo estilo tem uma coleção de jardins produtivos, mostrando diferentes formas de cultivar o solo. A conexão entre as duas coleções se dá no jardim maori, pois esse não é um jardim de adorno, mas de subsistência. Dentre esses, o que mais me chamou a atenção foi um jardim auto sustentável: Um jardim que pode ser montado em qualquer quintal para produzir vegetais de consumo diário para uma família. O que de fato é comum por aqui. Na casa onde me hospedei logo que cheguei, Michelle, algumas vezes ao servir o jantar contava com orgulho que a salada tinha saído do seu jardim.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Wellington

Cheguei em Wellington as oito e pouco da noite da sexta-feira. Ainda estava claro, mas a estação logo ficou deserta. Não quis interromper um menestrel, que tocava para mim e as paredes, para pedir informação. Assim, peguei os horários de todas as linhas de ônibus de Wellington e fui examinando uma por uma, qual me deixaria mais perto do albergue. Consegui chegar ao centro da cidade umas 21:30. Uma loucura, a cidade fervia, todo tipo de malucos, inclusive eu, puxando a cachorrinha.
O sábado amanheceu ensolarado e sai bem cedinho para dar uma volta. A cidade ainda na ressaca da sexta-feira.
Wellington é uma cidade tipo antiga, cosmopolita, encrustada entre morros, lembra um pouco o Rio.
Na minha caminhada fui bater num cais onde os Chefes dos restaurante de Wellington vem comprar peixe
Como era 29, almocei nhoque no Caffé Italiano, e fui brindado com um trio, piano, violino e cello, tocando Piazzolla.
Á noite fui tomar uma Bac's na própria cervejaria, que fica aqui em Wellington.
O domingo amanheceu cinzento, frio e molhado. Fiquei na cama até mais tarde. Sai para almoçar mas como o clima não estava mesmo convidativo voltei para o albergue para por em dia o blog.

Taupo.

A maior erupção vulcânica da terra nos últimos trocentos quaquilhões de anos formou a cratera que hoje é o lago Talpo, o maior da Nova Zelândia. É lá que começa o maior rio do pais, o Waitomo. E foi na margem desse rio que fiz a mais linda caminhada por aqui. (Até agora.)
A caminhada poderia ser feita em 45 minutos, de olhos fechados, mas de olhos abertos levei 2 horas. Explico: a paisagem é tão bonita que eu parava a toda hora para contemplar.
Outra coisa que chamou a atenção foram os cheiros. Caminhando pelo mato, de vez em quando era surpreendido por um cheiro diferente: as vezes doce, de alguma flor, as vezes um cheiro de erva, que lembrava algum tempero. Alias, em Taupo tem um jardim de aromas, projetado para deficientes visuais. Alguém poderia comentar a respeito?
No Domingo aconteceu o Desafio do Lago Taupo. Dez mil ciclistas se reuniram em Taupo para contornar o lago pedalando. A cidadezinha de 20.000 habitantes tem sua população dobrada no final de semana desse evento que se repete todo ano. Até que achei bonito ver tanta gente reunida. Os ciclistas eram de todo tipo e de toda idade.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Rotorua.

Dizem que Rotorua é a cidade mais bonita da Nova Zelândia e de fato é muito bonita, cheia de jardins e bem cuidada. Para mim é a segunda melhor cidade da Nova Zelândia; até agora.Também dizem que Rotorrua cheira mal, mas é por causa da atividade geo-termal.
Já comentei num artigo anterior sobre os vapores brotando da terra em toda parte e o cheiro de sulfa. Dentre esses vapores que brotam da terra um é especial, pois é o maior gêiser do hemisfério Sul: Te Puia que significa O Gêiser.
No pais dos esportes radicais a gente termina sempre se metendo em alguma encrenca. Então resolvi lembrar minha infância e fui brincar de carrinho de rolimã, que aqui chamam Luge. Para chegar lá tem um teleférico, conhecido aqui como gondola. Vencido meu medo de altura, embarquei na gondola. De fato o passeio foi agradável, e não tive medo. Acho que estou curando meu medo de altura. Lá em cima me senti meio deslocado pois só via crianças na fila do Luge, mas depois vi que tinha uns marmanjos também e até coroas. A corrida ladeira abaixo foi uma delícia, mas para voltar ao topo é de cadeirinha. Pendurada num cabo que em alguns trechos está a mais de trinta metros do solo, na altura dos pinheiros. PÂNICO! E o negócio é lento, balança, parou umas duas ou três vezes... e eu olhando pro ceu azul fingindo que nem estava ali...
O pior é que eu comprei um pacote com o passeio na gondola e três corridas no Luge. Fui tentar receber o dinheiro das duas corridas de volta mas eles não concordaram. Porém descobri que havia uma trilha montanha acima para voltar, Assim fiz minha segunda corrida no carrinho e voltei a pé. E a trilha não tem nada de interessante. Outra vez lá em cima peguei meu último bilhete e dei para um garoto que estava por ali. Ele não acreditou que eu estava desistindo da corrida e perguntou umas quatro vezes se eu tinha certeza que estava lhe dando o bilhete.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tauranga.

De Paeroa para Tauranga cruzamos a cordilheira de Thames. A estrada segue paralela a um rio, o que transforma o janelão do ônibus numa tela cinematográfica de onde não conseguimos desgrudar a vista.
Tauranga é uma cidade fashion, cheia de descolados, surfistas, Patricinhas e Mauricinhos, tipo: Porto de Galinhas. E eu não podia deixar de conhecer o Mount Mauganui.
O tempo estava fresco de manhã, principalmente por causa do vento, e sai agasalhado.
A idéia inicial era fazer uma caminhada em torno da base do monte mas resolvi encarar a subida até o topo.
Segui por uma trilha de dificuldade moderada, mais longa, menos íngreme.
Mas que não deixa de ser radical.
À medida que subia o calor aumentava. Parei umas duas ou três vezes para tirar o excesso de roupa e descansar. Mas lá de cima, a vista de 360 graus compensou o esforço. Na volta encontrei uma trilha 4x4 e a descida foi um passeio.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Devagar.

Esse blog está devagar quase parando. É que mudando de lugar a cada três ou quatro dias, eu tenho que estar sempre procurando uma nova conexão com a Internet.

Whitianga.

Whitianga é uma cidadezinha de veraneio para os kiwis. Muito pequena, quase todo seu comercio se concentra numa única rua, mas muito simpática. E apesar de ser baixa temporada os (três) bares tinham movimento.
A praia em frente não é grande coisa, mas atravessando o estuário, se tem acesso a praias incríveis. O que me fez mudar de idéia quando às praias da terra brasilis serem tão melhores que as daqui. No domingo fui visitar a Cathedral Cove e me apaixonei pela prainha adjacente Stingray Bay. Não resisti à água transparente, que nem era tão fria como eu pensava. Na segunda atravessei de novo o rio e caminhei pela Cook Beach, atravessei um trecho de falésia caminhando pela água, e passei para a Flaxmill Bay, onde tinha vários veleiros ancorados. Não tive disposição de escalar o Shakespeare Cliff e peguei uma trilha até Lonely Bay. pois tinha muito que caminhar.

sábado, 14 de novembro de 2009

Nas alturas.

Hoje sai de Auckland e vim para Whitianga. Como cheguei muito cedo no terminal, para pegar o ônibus, fui à SkyTower e subi na danada da torre de Auckland. Para quem não sabia, fique sabendo que tenho medo de altura. O elevador panorâmico não só tem a parede de vidro como também o piso. No deck de observação também há janelas de vidro no piso, e você pode andar sobre elas com 200 metros de céu abaixo.
Claro que não me atrevi a passar sobre elas. De lá também é possível compartilhar da emoção dos bungejumpers (saltadores), o que para mim já basta. Estava um belo dia e a vista é muito bonita.
Cheguei em Whitianga a tardinha e me hospedei no Cat's Pyjamas Backpackers (hospedaria para mochileiros). A cidade é charmosa e fui assistir ao jogo Nova Zelândia x Bahrain num bar muito simpático. Saí no fim do primeiro tempo com NZ ganhando de 1x0.

domingo, 8 de novembro de 2009

The book is on the table.

As aulas de inglês são interessantes e divertidas. Acho que a escola foca muito a gramática. Mas a maioria dos estudantes presisa mesmo, pois estão estudando para obter a profissiência necessária para entrar na faculdade. Quase mudo de nível num teste que fiz semana pasada, mas precisava ter me saido melhor em gramática.
É relativamente fácil se introsar na turma, porque sendo os estudantes de diversas nacionalidades nos tornamos todos estrangeiros e assim temos todos muito em comum. Estamos aprendendo e nos adaptando.
Depois descobrimos que há mais em comum em nós mesmos também. Fora o idioma, e algumas diferenças de costmes, as pessoas são iguais. Mesmos pensamentos, sentimentos, medos; apenas formas diferentes de expressar.

domingo, 1 de novembro de 2009

Verão.

Sábado o dia foi todo de sol, a temperatura chegou aos 19°C até pensei que estava numa cidade tropical. Aproveitei e fui passear. Fiz uma visita a Parnell e New Market, bairros da região central de Auckland. Um trecho de uns 500 metros na rua principal de Parnell, onde a maioria das lojas são de objetos de arte, artesanato, delicatessen e coisas do gênero, estava enfeitado com balões e na calçada havia bancas com promoções, doces e biscoitos artesanais, etc. Muito charmoso. Era um tipo de festival comemorando a chegada do verão. Eles antecipam o verão aqui, pois pelo que sei o solstício é em dezembro.
O domingo amanheceu com muitas nuvens no céu, apesar da temperatura amena. Meu plano era visitar o Museu Marítimo e velejar, tudo incluído no pacote. Ia sair de bermuda mas não tive coragem. Fui ao museu e acertei que se não fizesse sol, poderia velejar outro dia, mas a moça garantiu que faria sol. E não é que ela estava certa. Saimos num barco com armação Ketch e com um ventinho brando. Apesar de ser coisa para turista, a gente participa, e ajuda a levantar e trimar as velas. Quem quiser pode dar um turno no leme também.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Novo endereço.

Hoje mudei de endereço. Agora estou a dois quarteirões da escola, e no centro de Auckland. Em vez de ficar "passeando" de ônibus vou aproveitar melhor o tempo por aqui.
À noite fui explorar a nova vizinhança e entrei um boteco oriental, acho que é japonês. Sabe o que o sushiman estava fazendo? Espetinho! Parecido com esses que o povo faz ai no meio da rua. Tinha espetinho de salmão, cogumelos, tentáculos de lula (isso é bem comum por aqui), mas também tinha coração de galinha e outras coisas mais. O curioso é que estava tocando música brasileira, pode?
Se alguém estiver pensando em vir para cá, é bom aprender a comer com pauzinhos, que nem japonês; a maioria dos restaurantes é chinês, japonês, coreano, taitiano, etc. Se quiser garfo e faca você pode pedir. As carnes mais comuns são ovelha, frango e porco, e o tempero é bem marcante, do jeito que eu gosto. Os vegetais são sempre cozidos, no vapor, acho. Arroz também não falta. A única coisa que me recuso a encarar é o tal do "noodles", leia-se "missin kinojo", tem quem goste. Nos supermercados as frutas e verduras, bastante viçosas, e os frutos do mar, muito bem expostos, chamam a atenção pela beleza.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Feriadão.

Como na segunda feira é feriado por aqui, fomos todos a Wai-O-Tapu, uns 40Km ao sul de Rotorua, onde meus anfitriões tem um pequeno sitio com uma casa bem grande, à beira de um lago. A viagem de três horas e pouco não pareceu durar mais que uma hora, de tão bonitas as paisagens.
Rotorua está numa região de intensa atividade geotermal. Em toda parte sempre se pode ver algum jato de vapor saindo do solo junto com um cheiro de sulfa, que não é ruim.
No sábado à tarde fomos ver um lago de lama borbulhante e um geiser, que no momento não estava em atividade. Depois os garotos foram tomar banho num córrego mais abaixo do geiser onde a água é mais fria, apesar de ainda muito quente. Curioso o aviso para não mergulhar a cabeça na agua para evitar contaminação por meningite. Esse povo daqui é meio doido mesmo, e no quesito banho a terrinha ai leva vantagem. Então preferi dar uma olhada na lojinha de suvenires e tirar um cochilo num gramado ali perto. Acordei com a algazarra de umas crianças que participavam de um picnique.
De volta à casa, Kurt, filho dos meus anfitriões, e eu fomos pescar de caiaque no lago. O sol ainda estava quente e o vento bem fraquinho. Só não conseguimos pegar nenhuma truta. Mas valeu pelo passeio. À noite ainda fui com o Tio Henry (78) tomar uns chopps e contar umas piadas num pub à beira da estrada.

domingo, 18 de outubro de 2009

Pinguins.

Ontem fez um lindo dia de sol. Fui com Pedro, um colega colombiano que está hospedado aqui conosco, e Soledad, uma chilena da escola, ao aquario. Lá, além dos tubarões e das arraias, as grandes estrelas dos aquarios, tem uma colônia de pinguins.
São centenas de pinguins, mantidos numa grande geladeira. Eles consomem diáriamente, além de um bocado de peixe, mais de uma tonelada de neve, produzida artificialmente, acho, para reproduzir as características do seu habitat original. Infelizmente, não podemos ter um contato direto com eles. Só os vemos atravez de janelas, como um aquário, ou terrário. São muito simpáticos e dóceis. Estou gostando ainda mais dessas criaturinhas.
Depois, aproveitando já que estavamos por ali, caminhamos até 'Mission Bay', uma praia badalada daqui. Apesar do sol, estava ventando frio. Ainda assim tinha gente praticando wind surf e kite surf. Na calçada tinha gente caminhando, correndo, de patins e bicicleta.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Thank you!

O povo cordial (não é agressivo como o brasileiro) é uma verdadeira salada de gente: "olhinhos puxados", morenos, loiros, porras-loucas, velhos e, é claro, um bocado de aborrecentes. Com véu na cabeça, cabelo espetado ou turbante; cada um na sua. Quando entram no ônibus cumprimentam o motorista; a passagem é paga ao motorista assim que pegamos o ônibus, e ele só parte depois de receber e dar o troco a todo mundo. As vezes demora um pouquinho, mas está dentro do previsto. Mais interessante é que quase todo mundo agradece ao motorista quando desce do ônibus; mesmo quem desce pela porta trazeira grita "thank you!" para o motorista. Um colega me contou que uma vez estava num ônibus, quando o motorista precisou frear bruscamente, e que depois, ele se virou para os passageiros e pediu desculpas; perguntou se todos estavam bem e se alguém necessitava de assistência médica.
Em tempo; acabou a greve, todos os ônibus voltaram a circular.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Domingo.

Pense num dia bonito! Ensolarado, nenhuma nuvem no céu. Tinha planejado com meu colega colombiano fazer turismo, o dia estava ótimo para isso, mas sem transporte, que fazer? Então peguei uma bicicleta emprestada e fui pedalar pelas redondezas. Foi ótimo! Ladeira abaixo é uma maravilha, mas para subir... Na maioria das vezes eu preferia subir empurrando a bicicleta. Para ser sincero eu não tinha era força para subir pedalando. No meio do passeio precisei tirar o casaco, pois eu já estava suando. O clima friozinho (uns 15°C) com sol é uma delícia. Acho que não vou me readaptar a esse calor do Recife. Estou pensando em repedir a dose, talvez todo dia, para criar músculos e poder sair por ai pedalando. Em casa, ainda "peguei" um sol na varanda.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Churrasco.

A turma da classe de "assuntos gerais" resolveu fazer BBQ (Bar-B-Q) para angariar fundos para as vítimas do tsunami em Samoa. Na verdade, foi a professora quem inventou essa história. Barbecue ou barbeque significa churrasqueira, e também a maneira de se cozinhar usando uma churrasqueira ou ainda, a festa onde se prepara a comida numa churrasqueira. dsc00080.jpegÉ portando diferente do que nós chamamos de churrasco. Um monte de alunos e professores da escola vinheram participar. Tem mais fotos AQUI.
Dá para ter uma idéia da diversidade de culturas e raças que tem aqui na escola; 90% de japoneses, e 10% de outras nações (não é oficial, "just a guess"). Já identifiquei na minha turma, além dos japoneses, representantes da China, Espanha, Taiwan, Coreia, Colôbia, Turquia e Arábia Saudita.
A greve nos ônibus continua. Andei feito um condenado, hoje. Perdi as aulas da manhã e só cheguei em casa depois das sete da tarde (ainda está claro por aqui as 19:00).

Ônibus

Andar de ônibus em Auckland é muito fácil; tem uma tabela com os bairros, parques e praias, museus, diversões, etc, o número das linhas que passam em cada um desses lugares e o ponto no centro da cidade onde pegar o ônibus. Desde o segundo dia aqui já fiquei à vontade para explorar. Também comprei um passe que dá direito a usar qualquer ônibus a qualquer hora e quantas vezes quiser.
O trânsito é muito organizado. E olha que Auckland tem 1.400.000 habitantes, do tamanho do Recife. Os carros andam em fila, ninguém ultrapassa ninguém, as ruas são bem pintadas, tem demarcação no centro da via para quem vai dobrar à direita; aqui os carros andam na mão certa, e não errado como no resto do mundo.
Mas desde quinta-feira os ônibus, ou boa parte deles, não foram às ruas, há uma greve aqui. Pensei em ficar em casa, mas Michele, se propôs a nos levar até um ponto onde havia ônibus indo para o centro. Apesar de cheio, ainda consegui ir sentado, também pegamos algum tráfego para chegar à escola; mas quem é do Recife não pode chamar isso de engarrafamento.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Frio

Já estou me acostumando com o frio. Segunda feira, meu primeiro dia na escola, ao meio dia a temperatura era de 7°C. Também tinha uma chuvinha fina que nem incomodava, mas resolvi comprar um guarda-chuva. No centro os preços variavam de 18 a 25 dólares, mas no caminho de volta para casa, num comércio de bairro, comprei um por 8 dólares e também um gorro pra manter as orelhas aquecidas. O que economizei dá para um chopp.
Na descida da ladeira que vem dar aqui em casa estava ventando um horror. Se não fosse o guarda-chuva para me abrigar, eu teria congelado. A temperatura devia estar a uns 5°C. Quando cheguei em casa, o termômetro da cozinha marcava 11°C. Fiquei na sala, na frente da lareira me aquecendo (Que chique!) antes de ir tomar banho.

Chopps

Domingo estava planejando ir a "Mission Bay" mas como o tempo não estava para praia fiquei pelas redondezas. Do outro lado da rua há um bosque com trilhas para passeios. Então fui ao supermercado por dentro do bosque; corta caminho e é mais agradável do que ir pela rua.
Não é fácil encontrar um boteco pra tumá uma por aqui. São poucos os restaurantes, cafés ou similares autorizados a servir bebidas alcoólicas. Aqui na rua tem uma plaquinha que diz algo como: "Área livre de álcool". Pode? Mas no pequeno comércio nas proximidades do supermercado há um "pub" (não dá para traduzir simplesmente como barzinho) onde pude degustar meu primeiro chopp neozelandês.

sábado, 3 de outubro de 2009

Homestay.

Blockhouse Bay é um bairro residencial bem tranquilo, fica a menos de uma hora de ónibus do centro da cidade. Tem terreno acidentado, cheio de pequenas elevações. A rua, uma ladeira que termina numa grande baía, tem patinhos nos gramados das calçadas e passarinhos cantando. A casa, uma das últimas da rua, fica numa elevação do terreno, às margens da baía.
Estou acomodado num pequeno e aconchegante quarto em forma de "L", quentinho e bem iluminado por duas janelas.
Erik e Michele, meus anfitriões, são holandeses e além de Kurt, seu filho, há na casa mais três hóspedes e dois periquitos. Jeff da Coreia, Wata do Japão e Pedro da Colômbia. Os periquitos também não têm cara de nezelandezes, mas não sei de onde vinheram.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cheguei em Auckland.

Não pude dar noticias antes pois não tive tempo de accessar a Internet. Foram mais de 30 horas de viagem.
Depois de um descanso, um banho (nessa ordem) e de um lanche rápido, estou me acomodando na minha nova moradia em Auckland.
A viagem foi muito boa. Me senti tão feliz logo após a decolagem de Recife; Há quanto tempo eu não voava! Todos os voos partiram no horário, e foram tranquilos, sem turbulência nem mau tempo.

Encontrei Maíra em São Paulo, e depois de despacharmos a bagagem, almoçamos nhoque em Guarulhos; dia 29 é dia de nhoque. Conseguimos dois lugares juntos nos voos até Auckland assim, a companhia de Maíra tornou a viagem mais agradável.

A única coisa que ficou faltando foi a quarta-feira, 30 de setembro. Acho que perdemos esse dia quando cruzamos a linha internacional de data.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Bota-fora


Quando: sexta, 25 de setembro das 19:30 Ã s 23:30
Onde: R. Jaime Loyo - Casa Forte
O que: Festa de despedida.
Vou dar um tempo na outra banda do mundo. Vamos nos reunir para tumá uma antes da partida.

Veja aqui as fotos da festa.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Princípio

A jornada começa num sonho, uma imagem difusa.
Juntando informações, avaliando possibilidades, vai tomando foco, criamos expectativas, e se transforma em meta, a ideia do que sonhamos realizar.