quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dia do aviador.

Em 23 de outubro de 1906, em Paris, França, é oficialmente testemunhado a primeira decolagem e vôo realizado por uma máquina mais pesada que o ar, por seus próprios meios (sem auxílio externo).

O 14-bis voou por mais de 60 metros a uma altitude de cerca de 3 metros. Isto valeu a Alberto Santos-Dumont o primeiro dos prêmios oferecidos pelas autoridades aeronáuticas francesas: 3.000 francos para a primeira máquina mais pesada que o ar a voar por 25 metros ou mais.
O 14-bis de Santos-Dumont, feito de bambu, coberto com seda japonesa, e com articulações de alumínio, um material exótico na época, iniciou suas tentativas de voo desde julho daquele ano acumulando pequenos incidentes e muitos ajustes. Até que em 7 de setembro o biplano tirou suas rodas do chão por um breve momento e no dia 13 atingiu a altitude de um metro.
Depois do histórico voo do dia 23 a aeronave precisava de reparos devido ter sofrido avarias no pouso e Dumont anunciou que estaria pronto para tentar o segundo prêmio, dos 100 metros, no inicio de novembro.
O 14-bis foi reparado e ganhou ailerons. Desde a manhã do dia 12 de novembro houve várias tentativas, com voos de 40, 50 e até 82 metros. Porém só ao por do sol Santos-Dumont conseguio manter o avião no ar por 220 metros, a 37 km/h, atingindo uma altitude de 4 metros e fazendo juz aos 1.000 francos do segundo prêmio.

Santos-Dumont 14-bis
Alberto Santos-Dumont

domingo, 12 de agosto de 2012

Dia internacional da fotografia.

19 de agosto de 1839: a fotografia é liberada para o mundo.

Com uma pensão garantida do governo francês, Louis Daguerre revela ao mundo os segredos de fazer daguerreótipos; o pioneiro processo fotográfico instantâneo.

Utilizar reações químicas para fazer imagens com a luz não era novidade. Mas fazê-lo com rapidez sim. Já em 1816, o inventor Joseph Nicéphore Niepce conseguiu uma imagem grosseira usando sais de prata e uma "camera obscura". Mas a imagem desaparecia rapidamente.

Só uma década depois Niepce conseguiu a primeira imagem fotográfica permanente, quando fixou a foto de seu pátio em uma placa de estanho. A exposição levou oito horas de luz solar intensa. Niepce continuou pesquisando na esperança de tornar o processo mais rápido e prático.

Daguerre era um artista de sucesso esperançoso de aumentar o realismo de seus dioramas gigantes, alguns deles com 20 metros de comprimento por 15 metros de altura. Ao usar uma câmara escura para esboçar os contornos para suas pinturas, ele pensou que seria melhor criar imagens diretamente com a câmera. E começou a experimentar.

O oculista de Daguerre lhe falou sobre o trabalho de Niepce. Daguerre e Niepce começaram a se corresponder, o que se tornou uma parceria. Niepce morreu poucos anos depois e seu filho Isidoro continuou seu trabalho. Mas foram os avanços de Daguerre com folhas de cobre banhadas a prata, iodo e mercúrio que reduziu para minutos e tempo de exposição e criou imagens positivas em vez de negativas.

Daguerre não foi capaz de vender cotas do seu processo, mas despertou o interesse de François Arago, secretário perpétuo da Academia Francesa de Ciências. Foi sob os auspícios da academia que Daguerre exibiu pela primeira vez seus daguerreótipos ao público em 9 de janeiro de 1839. Foi uma sensação.

Arago aproveitou o burburinho para pressionar o Parlamento francês para conceder pensões a Daguerre e Isidoro Niepce, para que eles pudessem tornar público todos os passos do novo processo e a França poderia então, "nobremente doar ao mundo inteiro esta descoberta que poderia contribuir tanto para o progresso da arte e da ciência."

Em poucos dias, ópticos e químicos de Paris venderam todos seus suprimentos de materiais necessários para fazer câmeras e placas. Melhorias no processo surgiram em poucas semanas. O manual de instruções de Daguerre foi traduzido para doze línguas, em poucos meses.

Ninguém mais queria ter um retrato pintado, todo mundo queria um daguerreótipo. Studios se abriram por toda Paris. A "daguerreotypomania" se espalhou a partir de Paris para o resto da França, então para todo o continente, através do canal para a Inglaterra e para o outro lado do Atlântico, a América.

Texto original: "Aug. 19, 1839: Photography Goes Open Source".

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ilha de Santo Aleixo


Sai da praia em Barra de Sirinhaém no rumo ENE em direção à barra. Logo tive que puxar o caiaque sobre um banco de areia que não tinha nem um palmo d'água. Quando ficou um pouco mais fundo tentei remar mas a correnteza contra não me deixou progredir. Puxei o caiaque mais uns cinquenta metros até sair do canal formado no banco de areia. Em águas mais profundas remei tranquilo protegido pelos arrecifes que estavam à tona. Ao me aproximar da boca da barra fiquei observando a quebração onde não se viam mais as pedras.

Eram umas "ondinhas" respeitáveis, mas achei que dava para encarar. Acho que tomei o rumo da ilha cedo demais pois no cruzamento da linha dos arrecifes toquei com o remo nas pedras várias vezes. As ondas lavavam o caiaque por cima mas consegui me manter perpendicular a elas e deu tudo certo.

Já fora da barra  observei que as ondas vinham de duas direções: NE e SE, como se a ilha as dividisse, o que fazia o mar ficar muito mexido, mas sem quebração. à medida que me aproximava da ilha o mar ia se tornando menos agitado, com as ondas mais definidas e mais longas. Aí a remada ficou muito tranquila.

Já pertinho da ilha a água muito limpa deixava ver o fundo de corais. Tentei sondar com o remo mas não alcancei o fundo. Um pouco mais adiante foi ficando raso até que encalhei a poucos metros da praia. Desci e puxei o caiaque para a areia. Caminhei na praia relaxando os braços e vi uma lancha que habilmente encontrava seu caminho naquele fundo de corais até chegar bem perto da praia ao Norte da enseada. Como ela tinha vindo lá das bandas de Serrambi fui lá e perguntei pelos caiaques que deveriam sair de lá. O marinheiro me informou que quando eles saíram de Serrambi tinha um bocado de caiaques ainda na praia.

Resolvi então que não esperaria pelo grupo. Estava querendo voltar à Sirinhaém antes da maré alta cobrir as pedras, pois não tinha uma boa referência para entrar na barra. O marinheiro da lancha ainda me deu uma dica de uma boia que marca a entrada da barra.

A volta foi tranquila mas meus braços já não eram mais os mesmos. Me aproximando da barra vi a boia que o marinheiro falou. Uma lancha passou. Remei para a boia e depois segui mais ou menos no rumo que a lancha foi. Fui me aproximando da quebração e tentei ficar em sincronia com as ondas. Passou uma, duas, três... Na quarta comecei a remar forte e consegui pegar um "jacaré". Ela me passou e quebrou bem na minha frente. Continuei remando forte e consegui escapar da próxima onda que quando quebrou eu já estava lá na frente.

Mas a surpresa veio logo mais quando vi que havia outra linha de arrebentação à frente. E as ondas pareciam maiores. Tentei a mesma estratégia de antes mas não deu certo. Uma onda quebrou bem atrás de mim e virou o caiaque. Minha surpresa foi que ao cair estava com água pela cintura, em cima de uma laje de pedras. Ainda bem que estava calçado. Desvirei o caiaque e verifiquei que não perdi nada; tudo bem amarradinho :-) Mantive o caiaque alinhado enquanto tentava subir; mas era uma onda atrás da outra, muito rápido. Bom, consegui e estou aqui pra contar a história.

De volta ou controle da situação percebi que eu estava muito ao Norte de onde tinha saído. Deveria ter rumado mais para o Sul depois da boia. Meus braços só funcionavam na taxa de três minuto de trabalho por um de descanso. Remei por fora do banco de areia que encarei na saída até ficar em frente à praia de onde parti e deixei a maré e o vento me levarem.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Flexivel

Odeio PowerPoint, PDFs, videos, qualquercoisa-cast e tudo mais que não seja apenas texto, na Internet.
Sou muito chato. Nem tenho instalado no meu computador um programa para ler arquivos.pps
Ok! Menos...
Gosto de ver fotografias .jpeg, .gif (mas é bom que as pessosas tenham em mente de não enviar aquela imagem de 12.112.256 bytes direto do cartão de memória da câmera :-)
Tenho até alguns amigos (e são de fato amigos no mundo real) "bloqueados" no meu correio eletrônico (e-mail se você preferir).
Matches: from:(amigodaonça@...mail.com) has:attachment
Do this: Skip Inbox, Delete it
Intolerância?
Não!
Vejo constantemente nas ruas, no trânsito, no supermercado, exemplos de intolerância. Alguém faz algo errado e logo aparece um pra esculachar, e termina fazendo pior ainda...
Bem, isso tudo é para justificar uma quebra de paradigmas e me permitir postar uma ligação (link se você preferir) para um video que demonstra como nós podemos, e devemos, ser flexiveis às falhas dos outros. Porque, com exceção de um chefe que tive, todos somos sujeitos a falhas.