sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Canberra.

O povo é mais elegante na capital da Austrália do que nas outras cidades por onde andei. Porém ainda se vê um ou outro mal-amanhado que nem esses dois aí da foto.
Aqui o calor chegou de vês e com força. Canberra fica na beira do “Outback, o grande deserto australiano.
Aqui pude desfrutar da hospitalidade de Zezito e Rosângela e descansar um pouco da vida de mochileiro. Com direito até a um jantar de natal.
Na sexta-feira amanheceu chovendo, e refrescou. Um dia preguiçoso pra fazer nada e descansar. A previsão é de continuar assim por três dias.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Melbourne

3.000.000 de habitantes, dezenas de diferentes idiomas são falados aqui e restaurantes representando mais de cem cozinhas nacionais, Melbourne está mais para multicultural do que para cosmopolita.
Do Crown, um luxuoso complexo de diversão, entenda-se cassino, à rua Brunswick, um gueto de artistas, encontramos uma variedade de estilos.
A cidade tem seu charme. A começar pelos bondes; a maior rede de bondes do mundo, e o serviço é bom.
A falta de água é um problema na Austrália que tem clima árido como no sertão. Não é fácil manter gramados verdinhos. Há alguns anos com pouca chuva, e a água do rio Yara, com alta salinidade, imprópria para irrigação, as plantas no jardim botânico de Melbourne recebem o mínimo de água que necessitam para apenas sobreviverem.
No museu de Melbourne uma das galerias replica uma floresta. Além de podermos caminhar pela floresta também há um túnel e uma vala onde podemos observar através de janelas o subsolo e o fundo do pequeno riacho da floresta.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sydney.

A idéia era chegar no albergue, e deitar com o pé para cima por umas trinta e cinco horas e meia. Mas antes precisava almoçar, trocar dinheiro, etc. O resultado é que passei a tarde fazendo o reconhecimento da área, mancando pra lá e pra cá fui de Darling Harbour a Hyde Park, de Campbell a King St.
Sydney não está bonita; tem um monte de tapumes, as ruas não estão limpas.
Almocei um suculento (quase cru) bife e à noite ainda fui num boteco nas proximidades tomar uns chopps com fish'n'chips.
A fisioterapia fez resultado e acordei no outro dia com o tornozelo bem melhor. Tirei o dia para experimentar a rede de transportes publicos de Sydney. Passeei de trem metrô, ferry e ônibus.
Sydney é muito agitada, e contrasta com a relativa tranqüilidade de Auckland.
Almocei em Kings Cross; só vindo aqui para ver o que é isso.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

De volta a Auckland.

Foi muito agradável estar do outro lado do mundo e re-encontrar amigos. No domingo estava jantando quando Mai, uma ex colega da escola, fêz uma festa ao me ver no restaurante
Na segunda-feira fui à escola encontrar Pedro, colega do homestay, para almoçarmos juntos, e novamente fui saudado por ex-colegas.

Torci o tornozelo na minha última noite em Auckland. Para um andarilho não poderia haver nada pior.
Sempre que parto das cidades que visito aqui me sinto triste. Não foi diferente quando peguei o ônibus para ir ao aeroporto em Auckland e olhei aquelas ruas pela última vez (pelo menos até minha próxima vinda).
O tornozelo está incomodando e estou caminhando com dificuldade. Quando eu estava fazendo a saída da Nova Zelândia o rapaz da imigração perguntou o que havia com minha perna, se eu estava bem, etc.

O avião para Sydney não estava cheio e dei um jeito de viajar com o pé para cima, para não piorar o inchaço. No desembarque uma funcionária da Qantas me ofereceu para ir de “bugy” até a imigração, mas eu de trouxa disse que não era necessário. Caminhei “sete léguas” mancando, tive que tirar os sapatos no meio do caminho.

Hamilton.

A semana foi toda de chuva. Em Hamilton comprei uma capa para não ficar preso no albergue. A cidade é também muito bem cuidada, os bares e restaurantes com decoração esmerada, pratos bem preparados e serviço nota dez. O rio Waikato percorre a ilha norte desde Taupo até Auckland, é o maior do pais, e passa por Hamilton, tão bonito como na nascente.
Apesar do dia nublado fui conhecer os Jardins de Hamilton. A chuva deu uma trégua.
Lá tem entre outras coisas tem uma coleção de jardins, replicando vários estilos; japonês, chinês, inglês, italiano, indiano, americano e, é claro, maori. A principio parece um labirinto, mas depois percebemos que é como se estivéssemos passeando por quintais, atravessando de um para outro. Só que saímos de um quintal japonês e entramos num quintal vizinho, inglês. Depois, no mesmo estilo tem uma coleção de jardins produtivos, mostrando diferentes formas de cultivar o solo. A conexão entre as duas coleções se dá no jardim maori, pois esse não é um jardim de adorno, mas de subsistência. Dentre esses, o que mais me chamou a atenção foi um jardim auto sustentável: Um jardim que pode ser montado em qualquer quintal para produzir vegetais de consumo diário para uma família. O que de fato é comum por aqui. Na casa onde me hospedei logo que cheguei, Michelle, algumas vezes ao servir o jantar contava com orgulho que a salada tinha saído do seu jardim.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Wellington

Cheguei em Wellington as oito e pouco da noite da sexta-feira. Ainda estava claro, mas a estação logo ficou deserta. Não quis interromper um menestrel, que tocava para mim e as paredes, para pedir informação. Assim, peguei os horários de todas as linhas de ônibus de Wellington e fui examinando uma por uma, qual me deixaria mais perto do albergue. Consegui chegar ao centro da cidade umas 21:30. Uma loucura, a cidade fervia, todo tipo de malucos, inclusive eu, puxando a cachorrinha.
O sábado amanheceu ensolarado e sai bem cedinho para dar uma volta. A cidade ainda na ressaca da sexta-feira.
Wellington é uma cidade tipo antiga, cosmopolita, encrustada entre morros, lembra um pouco o Rio.
Na minha caminhada fui bater num cais onde os Chefes dos restaurante de Wellington vem comprar peixe
Como era 29, almocei nhoque no Caffé Italiano, e fui brindado com um trio, piano, violino e cello, tocando Piazzolla.
Á noite fui tomar uma Bac's na própria cervejaria, que fica aqui em Wellington.
O domingo amanheceu cinzento, frio e molhado. Fiquei na cama até mais tarde. Sai para almoçar mas como o clima não estava mesmo convidativo voltei para o albergue para por em dia o blog.

Taupo.

A maior erupção vulcânica da terra nos últimos trocentos quaquilhões de anos formou a cratera que hoje é o lago Talpo, o maior da Nova Zelândia. É lá que começa o maior rio do pais, o Waitomo. E foi na margem desse rio que fiz a mais linda caminhada por aqui. (Até agora.)
A caminhada poderia ser feita em 45 minutos, de olhos fechados, mas de olhos abertos levei 2 horas. Explico: a paisagem é tão bonita que eu parava a toda hora para contemplar.
Outra coisa que chamou a atenção foram os cheiros. Caminhando pelo mato, de vez em quando era surpreendido por um cheiro diferente: as vezes doce, de alguma flor, as vezes um cheiro de erva, que lembrava algum tempero. Alias, em Taupo tem um jardim de aromas, projetado para deficientes visuais. Alguém poderia comentar a respeito?
No Domingo aconteceu o Desafio do Lago Taupo. Dez mil ciclistas se reuniram em Taupo para contornar o lago pedalando. A cidadezinha de 20.000 habitantes tem sua população dobrada no final de semana desse evento que se repete todo ano. Até que achei bonito ver tanta gente reunida. Os ciclistas eram de todo tipo e de toda idade.