quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Novo endereço.

Hoje mudei de endereço. Agora estou a dois quarteirões da escola, e no centro de Auckland. Em vez de ficar "passeando" de ônibus vou aproveitar melhor o tempo por aqui.
À noite fui explorar a nova vizinhança e entrei um boteco oriental, acho que é japonês. Sabe o que o sushiman estava fazendo? Espetinho! Parecido com esses que o povo faz ai no meio da rua. Tinha espetinho de salmão, cogumelos, tentáculos de lula (isso é bem comum por aqui), mas também tinha coração de galinha e outras coisas mais. O curioso é que estava tocando música brasileira, pode?
Se alguém estiver pensando em vir para cá, é bom aprender a comer com pauzinhos, que nem japonês; a maioria dos restaurantes é chinês, japonês, coreano, taitiano, etc. Se quiser garfo e faca você pode pedir. As carnes mais comuns são ovelha, frango e porco, e o tempero é bem marcante, do jeito que eu gosto. Os vegetais são sempre cozidos, no vapor, acho. Arroz também não falta. A única coisa que me recuso a encarar é o tal do "noodles", leia-se "missin kinojo", tem quem goste. Nos supermercados as frutas e verduras, bastante viçosas, e os frutos do mar, muito bem expostos, chamam a atenção pela beleza.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Feriadão.

Como na segunda feira é feriado por aqui, fomos todos a Wai-O-Tapu, uns 40Km ao sul de Rotorua, onde meus anfitriões tem um pequeno sitio com uma casa bem grande, à beira de um lago. A viagem de três horas e pouco não pareceu durar mais que uma hora, de tão bonitas as paisagens.
Rotorua está numa região de intensa atividade geotermal. Em toda parte sempre se pode ver algum jato de vapor saindo do solo junto com um cheiro de sulfa, que não é ruim.
No sábado à tarde fomos ver um lago de lama borbulhante e um geiser, que no momento não estava em atividade. Depois os garotos foram tomar banho num córrego mais abaixo do geiser onde a água é mais fria, apesar de ainda muito quente. Curioso o aviso para não mergulhar a cabeça na agua para evitar contaminação por meningite. Esse povo daqui é meio doido mesmo, e no quesito banho a terrinha ai leva vantagem. Então preferi dar uma olhada na lojinha de suvenires e tirar um cochilo num gramado ali perto. Acordei com a algazarra de umas crianças que participavam de um picnique.
De volta à casa, Kurt, filho dos meus anfitriões, e eu fomos pescar de caiaque no lago. O sol ainda estava quente e o vento bem fraquinho. Só não conseguimos pegar nenhuma truta. Mas valeu pelo passeio. À noite ainda fui com o Tio Henry (78) tomar uns chopps e contar umas piadas num pub à beira da estrada.

domingo, 18 de outubro de 2009

Pinguins.

Ontem fez um lindo dia de sol. Fui com Pedro, um colega colombiano que está hospedado aqui conosco, e Soledad, uma chilena da escola, ao aquario. Lá, além dos tubarões e das arraias, as grandes estrelas dos aquarios, tem uma colônia de pinguins.
São centenas de pinguins, mantidos numa grande geladeira. Eles consomem diáriamente, além de um bocado de peixe, mais de uma tonelada de neve, produzida artificialmente, acho, para reproduzir as características do seu habitat original. Infelizmente, não podemos ter um contato direto com eles. Só os vemos atravez de janelas, como um aquário, ou terrário. São muito simpáticos e dóceis. Estou gostando ainda mais dessas criaturinhas.
Depois, aproveitando já que estavamos por ali, caminhamos até 'Mission Bay', uma praia badalada daqui. Apesar do sol, estava ventando frio. Ainda assim tinha gente praticando wind surf e kite surf. Na calçada tinha gente caminhando, correndo, de patins e bicicleta.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Thank you!

O povo cordial (não é agressivo como o brasileiro) é uma verdadeira salada de gente: "olhinhos puxados", morenos, loiros, porras-loucas, velhos e, é claro, um bocado de aborrecentes. Com véu na cabeça, cabelo espetado ou turbante; cada um na sua. Quando entram no ônibus cumprimentam o motorista; a passagem é paga ao motorista assim que pegamos o ônibus, e ele só parte depois de receber e dar o troco a todo mundo. As vezes demora um pouquinho, mas está dentro do previsto. Mais interessante é que quase todo mundo agradece ao motorista quando desce do ônibus; mesmo quem desce pela porta trazeira grita "thank you!" para o motorista. Um colega me contou que uma vez estava num ônibus, quando o motorista precisou frear bruscamente, e que depois, ele se virou para os passageiros e pediu desculpas; perguntou se todos estavam bem e se alguém necessitava de assistência médica.
Em tempo; acabou a greve, todos os ônibus voltaram a circular.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Domingo.

Pense num dia bonito! Ensolarado, nenhuma nuvem no céu. Tinha planejado com meu colega colombiano fazer turismo, o dia estava ótimo para isso, mas sem transporte, que fazer? Então peguei uma bicicleta emprestada e fui pedalar pelas redondezas. Foi ótimo! Ladeira abaixo é uma maravilha, mas para subir... Na maioria das vezes eu preferia subir empurrando a bicicleta. Para ser sincero eu não tinha era força para subir pedalando. No meio do passeio precisei tirar o casaco, pois eu já estava suando. O clima friozinho (uns 15°C) com sol é uma delícia. Acho que não vou me readaptar a esse calor do Recife. Estou pensando em repedir a dose, talvez todo dia, para criar músculos e poder sair por ai pedalando. Em casa, ainda "peguei" um sol na varanda.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Churrasco.

A turma da classe de "assuntos gerais" resolveu fazer BBQ (Bar-B-Q) para angariar fundos para as vítimas do tsunami em Samoa. Na verdade, foi a professora quem inventou essa história. Barbecue ou barbeque significa churrasqueira, e também a maneira de se cozinhar usando uma churrasqueira ou ainda, a festa onde se prepara a comida numa churrasqueira. dsc00080.jpegÉ portando diferente do que nós chamamos de churrasco. Um monte de alunos e professores da escola vinheram participar. Tem mais fotos AQUI.
Dá para ter uma idéia da diversidade de culturas e raças que tem aqui na escola; 90% de japoneses, e 10% de outras nações (não é oficial, "just a guess"). Já identifiquei na minha turma, além dos japoneses, representantes da China, Espanha, Taiwan, Coreia, Colôbia, Turquia e Arábia Saudita.
A greve nos ônibus continua. Andei feito um condenado, hoje. Perdi as aulas da manhã e só cheguei em casa depois das sete da tarde (ainda está claro por aqui as 19:00).

Ônibus

Andar de ônibus em Auckland é muito fácil; tem uma tabela com os bairros, parques e praias, museus, diversões, etc, o número das linhas que passam em cada um desses lugares e o ponto no centro da cidade onde pegar o ônibus. Desde o segundo dia aqui já fiquei à vontade para explorar. Também comprei um passe que dá direito a usar qualquer ônibus a qualquer hora e quantas vezes quiser.
O trânsito é muito organizado. E olha que Auckland tem 1.400.000 habitantes, do tamanho do Recife. Os carros andam em fila, ninguém ultrapassa ninguém, as ruas são bem pintadas, tem demarcação no centro da via para quem vai dobrar à direita; aqui os carros andam na mão certa, e não errado como no resto do mundo.
Mas desde quinta-feira os ônibus, ou boa parte deles, não foram às ruas, há uma greve aqui. Pensei em ficar em casa, mas Michele, se propôs a nos levar até um ponto onde havia ônibus indo para o centro. Apesar de cheio, ainda consegui ir sentado, também pegamos algum tráfego para chegar à escola; mas quem é do Recife não pode chamar isso de engarrafamento.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Frio

Já estou me acostumando com o frio. Segunda feira, meu primeiro dia na escola, ao meio dia a temperatura era de 7°C. Também tinha uma chuvinha fina que nem incomodava, mas resolvi comprar um guarda-chuva. No centro os preços variavam de 18 a 25 dólares, mas no caminho de volta para casa, num comércio de bairro, comprei um por 8 dólares e também um gorro pra manter as orelhas aquecidas. O que economizei dá para um chopp.
Na descida da ladeira que vem dar aqui em casa estava ventando um horror. Se não fosse o guarda-chuva para me abrigar, eu teria congelado. A temperatura devia estar a uns 5°C. Quando cheguei em casa, o termômetro da cozinha marcava 11°C. Fiquei na sala, na frente da lareira me aquecendo (Que chique!) antes de ir tomar banho.

Chopps

Domingo estava planejando ir a "Mission Bay" mas como o tempo não estava para praia fiquei pelas redondezas. Do outro lado da rua há um bosque com trilhas para passeios. Então fui ao supermercado por dentro do bosque; corta caminho e é mais agradável do que ir pela rua.
Não é fácil encontrar um boteco pra tumá uma por aqui. São poucos os restaurantes, cafés ou similares autorizados a servir bebidas alcoólicas. Aqui na rua tem uma plaquinha que diz algo como: "Área livre de álcool". Pode? Mas no pequeno comércio nas proximidades do supermercado há um "pub" (não dá para traduzir simplesmente como barzinho) onde pude degustar meu primeiro chopp neozelandês.

sábado, 3 de outubro de 2009

Homestay.

Blockhouse Bay é um bairro residencial bem tranquilo, fica a menos de uma hora de ónibus do centro da cidade. Tem terreno acidentado, cheio de pequenas elevações. A rua, uma ladeira que termina numa grande baía, tem patinhos nos gramados das calçadas e passarinhos cantando. A casa, uma das últimas da rua, fica numa elevação do terreno, às margens da baía.
Estou acomodado num pequeno e aconchegante quarto em forma de "L", quentinho e bem iluminado por duas janelas.
Erik e Michele, meus anfitriões, são holandeses e além de Kurt, seu filho, há na casa mais três hóspedes e dois periquitos. Jeff da Coreia, Wata do Japão e Pedro da Colômbia. Os periquitos também não têm cara de nezelandezes, mas não sei de onde vinheram.