O povo cordial (não é agressivo como o brasileiro) é uma verdadeira salada de gente: "olhinhos puxados", morenos, loiros, porras-loucas, velhos e, é claro, um bocado de aborrecentes. Com véu na cabeça, cabelo espetado ou turbante; cada um na sua. Quando entram no ônibus cumprimentam o motorista; a passagem é paga ao motorista assim que pegamos o ônibus, e ele só parte depois de receber e dar o troco a todo mundo. As vezes demora um pouquinho, mas está dentro do previsto. Mais interessante é que quase todo mundo agradece ao motorista quando desce do ônibus; mesmo quem desce pela porta trazeira grita "thank you!" para o motorista. Um colega me contou que uma vez estava num ônibus, quando o motorista precisou frear bruscamente, e que depois, ele se virou para os passageiros e pediu desculpas; perguntou se todos estavam bem e se alguém necessitava de assistência médica.
Em tempo; acabou a greve, todos os ônibus voltaram a circular.
Carla Camurati aos 63 anos de idade
Há uma semana
5 Comentários aqui.:
Apesar de estar no Brasil/Pernambuco/Recife quando eu entro no ônibus também dou bom dia, boa tarde ou boa noite... Lá em Fortaleza, que a saída é pela frente, também tinha o hábito de agradecer ao sair.
Sei que outros brasileiros também fazem isso, pois embarco, no mínimo, em dois ônibus por dia. Existem brasileiros educados também... O que acontece é que a maioria que teve oportunidade de ter educação de qualidade não anda nos ônibus aqui. Andam de carro e daí não reinvidicam melhores condições para o transporte coletivo.
Quem anda de ônibus, por aqui, na maioria dos casos é a classe mais popular, com menor poder aquisitivo, que entra no ônibus cedinho ou depois de um dia puxado de trabalho mal remunerado, muitas vezes cansada de andar "apertada" de pé... no congestionamento... Daí acontece o que acontece (o que chamas de agressividade ou falta de cordialidade).
Não justifica, mas é um fato importante que diferencia a realidade dos ônibus por aí e a dos ônibus por aqui. Você sabe disso.
Não concordo que o brasileiro, o nordestino não sejam cordiais.
Fica um convite: Venha andar de ônibus, quando/se voltar para o Brasil.
Essa questão da educação eu senti quando morei na Flórida. Acho que também tem a ver com o bem estar do povo e o astral do lugar.
rsrsrs, olha o Walter tem razão, o povo brasileiro é agressivo sim, não só os que andam de onibus mas os que dirigem carro, e como a Cica disse por isso teriam educação, não é bem assim mesmo, Cica! Dirigir em Recife, em Fortaleza, e em outras muitas cidades grandes do Brasil é quase estar numa guerra, onde os motoristas são extremamentes agressivos o tempo todo, não existe cordialidade no transito.
Cica, quando você dirigir você vai perceber isso, e se um dia veires pra cá, entenderás o que o Walter fala. Se não vieres...não podes acreditar na gente? Tudo bem...no worries.
Eu sei Maíra, que aí há maior/melhor qualidade de vida do que no Brasil. Eu acredito sim, que andar de ônibus, dirigir aí deve ser melhor e mais agradável do que aqui.
Você não entendeu o que eu quis dizer. Quem sabe eu não tenha me expressado bem.
Tudo bem... deixa para lá.
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